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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

CONTEMPLANDO A ESSÊNCIA DA VIDA








Sentei - me em meio ao jardim, então por horas me fiz lá.
E lá contemplei a magia do desabrochar das rosas. Para ser paciente em minha existência e nas coisas existentes desta vida. Acompanhei na metamorfose de botão de flor no seu florescer e deslumbrei – me com os olhos que se perdia na admiração da contemplação do belo com a alma que tão delicada e cheia se fez, diante do bom desfaleceu meus olhos.
Onde a paciência traz ao corpo e a mente a calmaria e a mansidão de um lago que em águas parada nos reflete a mansidão de uma leveza natural extinguindo de nós a necessidade da pressa que traz à alma a inquietação de uma vida em vastos vazio sem vida. Sentada no topo de um monte olhando tudo que estava lá em baixo pude sentir – me gigante da  própria vida, à vida que dá aos olhos a luz e a visão para enxergar a grandeza de uma paisagem exuberante onde o viajar da paisagem dá ao ser a liberdade para voar como um pássaro que ao céu se perde em meio ao infinito azul do céu. Atenta e observando o crepúsculo chegando, e sobre o chão um manto de folhas avermelhada que se espalhava debaixo das copas das arvores. Sobre o dia aprendi a ordem de cada coisa que acontece tudo tem há sua hora, sua forma, sua cor, seu cheiro, cheiro que a brisa traz dos leves ventos e espalha o perfume das flores a vida. Cada dia tem seu momento que levanta sem luta sem contradições, nos tornam sedentos na busca por um abrigo, lugar onde o nosso eu se ache na forma de um beija – flor, que delicadamente pousa sobre a flor assim será quando a alma abrigo encontrar estaremos aberto para inalar o mais puro ar o frescor do amanhecer  que nos dá a mais pura essência de tudo já vivido. Sobre o entardecer coloco – me a tecer o que de melhor foi extraído do meu dia, acompanho a despedida do sol e o seu descansar sobre a última luz a ser refletida. Fecho os olhos por um breve instante para adentrar no meu interior e lá deixar florir a minha essência que torna - me banda a vida que nos faz nascer de um silêncio onde somente o coração é capaz de interpretar as emoções e a energia sentida. Já posso sentir – me perder naquilo que me faz bem que traz a paz para entender em meio ao silêncio as coisas que com a visão dos olhos seria impossível enxergar más com o silêncio o coração já pode falar. Fabiana P. Andrade